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SEM democracia NÃO HÁ agroecologia

A Agroecologia pode ser entendida como área de conhecimento social e culturalmente construída, demarcando um novo foco de necessidades humanas, ou seja, o de orientar a agricultura à sustentabilidade, no seu sentido multidimensional. Nesse sentido, ela se concretiza quando, simultaneamente, cumpre com os princípios da sustentabilidade ecológica (manutenção ou melhoria da qualidade dos recursos naturais e das relações ecológicas de cada ecossistema); econômica (potencial de geração de renda, de trabalho e acesso a mercados); social (inclusão das populações mais pobres e preocupação com a segurança alimentar); cultural (respeito e valorização às culturas tradicionais), política (organização para a mudança e para a participação nas decisões); e ética (valores morais transcendentes).

 

A Agroecologia se desenvolve também enquanto ciência, se estruturando desde o aprimoramento do estudo de tecnologias e métodos adequados a produção ecológica de sistemas agrícolas, até pesquisas de caráter sociológico que se sustentam e se complementam a partir do conhecimento empírico popular. Portanto, se apresenta potencialmente como proposta de transformação social, tanto no que se refere às relações internas da sociedade como às relações entre o ser humano e a natureza.

Justamente por ser um movimento que abrange diversas esferas (ambiental, cultural, social, econômica e política) e escalas, engloba muitas áreas do conhecimento e somente no conjunto geral das áreas é que se pode entender verdadeiramente o sentido deste termo.

 

A Agroecologia representa a temática central da Rede dos Grupos de Agroecologia e dos coletivos que a compõe, sendo ela própria a questão geradora e fomentadora das mais diversas temáticas e ações que também são trabalhadas na Rede.

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